domingo, 10 de novembro de 2013


Relatório Desafio Profissional Módulo A

Curso: Metodologias para EAD

Anhanguera Educacional

 

O plano desse trabalho foi de colher visões da EAD em paises mais avançados que o nosso visitando sites e blogs, para depois verificar o panorama brasileiro podendo avaliar nosso estágio atual. Isso é explicitado sob o título Considerações, que mostra comentários sobre o que foi encontrado nos dois mundos, e em seguida no capítulo Participação em blogs, a relação da navegação prática pelos blogs brasileiros.

 

Considerações

Nos espaços norte americanos a maior atenção é dada aos reconhecimentos (accreditation) dos cursos e seus sistemas de créditos que provocam inquietação nos alunos preocupados com possíveis transferências e a colocação no mercado profissional. Pelo lado da metodologia, o maior volume de comentários se relaciona às novas tendências das TIC, e ao movimento em direção à gratuidade em IES de peso como Harvard e MIT. O sistema americano de acreditamento regionalizado também merece muitas preocupações e críticas ao poder federal quando tenta regular em demasia, acarretando elevação absurda dos custos das IES de ensino superior. Na Europa os sistemas de credenciamento são semelhantes ao modelo americano o que é conveniente do ponto de vista de intercâmbio dos dicentes. Nos EUA e Europa, reserva-se a tarefa de acreditação de cursos em algumas áreas a entidades reguladoras de cada área: Medicina, Jurídicas, Engenharias. Nesse aspecto também o Brasil atribui ao CNS a área de saúde e à OAB a área juridica conforme Decreto 5.622 de 19/12/2005 em seu artigo 23.

Nos blogs de Portugal, o interesse maior se concentra nas novas plataformas de software e nas tecnologias TIC, e foi por lá que tomei maior conhecimento dos trabalhos de nosso professor João Mattar que participa de iniciativas com o professor português Paulo Simões. Percebi que em Portugal há mais discussões conceituais e visivelmente mais antagonismos entre os participantes, o que não se vê comumente no Brasil.

A Espanha por seu volume considerável de iniciativas acadêmicas e proximidade cultural conosco pode ser encarada como uma excelente fonte  para troca de experiências.

Nos blogs brasileiros, realmente me concentrei na professora Liliam Silva que é a mais ativa dos blogueiros nacionais com participação diária e comprometida. Senti falta de um blog ou forum permanente conduzido para tratar temas mais fundamentais como legislação, carreiras, metodologias didáticas, AVAs, avaliações, etc.

Participação em blogs



De prático e útil para nosso momento, segui uma experiência real usando MOOC, em uma entidade chamada Knight Center, através da professora Amy Schmitz da Universidade de San Diego, que coordenou um Mooc sobre Jornalismo de dados.

Interagindo com eles por email, consegui a autorização para traduzir os pontos relevantes da experiência, que coloquei aqui nesse blog para consultas a quem interessar.

2.     https://www.facebook.com/BlogEducacaoADistancia (22/10/2013)

A profª Liliam Silva relata que as universidades americanas oferecem a modalidade EAD há cerca de 130 anos e o Brasil, apenas a partir dos anos 2000.

Não gostei muito da comparação histórica dadas as diferenças econômicas e de formação entre os países, e ressaltei que o Brasil já cuida de EAD há quase 100 anos por iniciativas privadas, e ótimos programas usando TV e rádios para atacar o problema da interiorização e da recuperação do tempo perdido por muita gente que não teve as oportunidades no momento adequado por vários motivos.


“Participação e colaboração não são a mesma coisa em EAD”.

Ela quiz dizer que alguns podem participar de trabalhos em grupo sem ter colaborado! Esse é um fato, e me leva a crer que as atividades na EaD quando se tratam de trabalhos de pesquisa, é melhor que sejam em grupos reduzidos de duas ou três pessoas apenas! Assim não teremos os aproveitadores...


Profª Liliam postou um artigo muito interessante do autor Howard Gardner de Harvard, sobre Múltiplas Inteligências, ou seja, como o ser humano desenvolve a capacidade de aprender convivendo e trocando informações com o seu meio social...

Refleti que isso leva a um dos pilares do sucesso da EAD: Como escolhemos o assunto que queremos aprender, e temos agora as informações, quem vai nos delimitar o domínio desse aprendizado? A resposta está no modelo mais aceito hoje na EAD: O professor ou tutor mediando ativamente conhecimentos.


 

Liliam Silva diz: Surge um novo tsunami na EAD (se referindo a SPOC).

Minha observação é que devemos esquecer siglas e olhar os modelos educacionais que tais ferramentas aderem, e usá-las por isso e não porque são a coqueluche da hora!

 


O prof. Mattar em vídeo apresenta sua proposta de Matriz de Avaliação, voltado para EAD. Apresenta os 5 aspectos: Como, Quando, Quem, O quê e Relatórios. O professor critica a prática que “oficializou” os testes de múltipla escolha que imperam nas avaliações brasileiras.

Eu considero que as avaliações serão um processo contínuo e assistidas pelo ambiente AVA.


7.     http://www.unisinos.br/blogs/ead/2013/10/23/outubro-e-o-mes-de-prevencao-do-bullying-vamos-falar-mais-sobre-o-assunto/#comments (23/10/2013)


Eu penso que na EAD devem diminuir os ataques desse tipo, e há o registro normalmente indelével das postagens e comentários, além da censura prévia em alguns deles por moderadores.

 

Conclusão

Foi uma atividade gratificante e entusiasmadora para a continuidade da minha atuação na área de EaD. A atividade foi um exemplo para mim e colegas de como a EAD deve atuar, como podemos ganhar conhecimento, e interagir para atingí-lo.

Coloco-me à disposição dos novos colegas recém chegados para trocar idéias e ajudar com minha experiência. Esse blog continuará aberto para isso.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

5 dicas para um MOOC de sucesso

Passeando pelos blogs de EAD encontrei essa experiência de MOOC sobre um tema de Jornalismo de Dados. Achei instrutivo pois a professora Amy passa detalhes de como alcançar o sucesso em qualquer MOOC. Fiz a tradução e solicitei permissão para reproduzir.

O material pertence à PBS Foundation, entidade que se dedica a recursos de educacão, visitem seu site em www.pbs.org.

Agradeço a Mark Glaser da PBS por ter gentilmente autorizado a tradução e divulgação do trabalho realizado pela Amy Schmitz Weiss, professora associada da School of Journalism and Media Studies at San Diego State University.

O trabalho original se encontra em https://knightcenter.utexas.edu/pt-br/node/14568

MOOC – Jornalismo de Dados: O básico

Já não é surpresa que o assunto MOOC está rapidamente se tornando uma indústria em si, em que há  quase uma nova empresa, iniciativa e programas nascendo a cada mês.
Muitas pessoas podem estar familiarizados com os protagonistas Mooc existentes no mercado, tais como EDX , Coursera e Udacity. Mas há novos players globais , que entram no mercado como Iversity , Schoo e Futurelearn.
Estes players Mooc e os ainda por vir estão balançando o mundo acadêmico, bem como a idéia geral do que a aprendizagem poderá vir a ser. Tem havido muito debate na imprensa sobre as vantagens e desvantagens desse tipo de aprendizagem , e muitas perguntas permanecem sobre qual será o futuro das MOOCs na educação .
Eu não tenho uma bola de cristal para predizer se as MOOCs vão se tornar um elemento de aprendizagem permanente, mas eu acho que, como educadores, temos a oportunidade de explorar esse formato para testar novas formas de ensino. No século 21, temos a chance de definir o caminho em direção a novas e excitantes formas de disciplinas de ensino, e que a única maneira de fazer isso é se estamos dispostos a experimentar com diferentes abordagens.
ESTUDO DE CASO: Um MOOC sobre Jornalismo de Dados (Data-driven Journalism)
Eu tive a oportunidade de ensinar e coordenar uma MOOC sobre jornalismo para profissionais de mídia recentemente, através de um convite do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas sobre "Jornalismo de Dados: O básico". A MOOC teve 3.700 alunos matriculados a partir de mais de 140 países. As pessoas inscritas provinham desde lugares próximos como San Francisco, Califórnia até as distantes como Nepal.
Muitos dos estudantes eram jornalistas. Mas alguns eram bibliotecários, professores, engenheiros, programadores e designers, e outros eram apenas cidadãos curiosos que querem saber mais sobre como o jornalismo funciona. Foi ótimo ver tanta diversidade dos alunos em termos de formação, experiência e localização geográfica. Isso ajudou a tornar as discussões a cada semana do curso uma experiência enriquecedora para os alunos e os instrutores.
Quero compartilhar minha experiência pessoal sobre o ensino com este curso e como o ensino  das técnicas de jornalismo de dados pode ser feito através da plataforma MOOC se você tem o conjunto certo de ingredientes para torná-lo bem sucedido.
Aqui estão as dicas rápidas seguidas de explicações mais detalhadas para cada uma:

• Dica 1 : Dedique muito tempo ao planejamento do MOOC, seu conteúdo e modelo de instrução.
• Dica 2 : Prepare o plano de ensino detalhadamente.
• Dica 3 : O lançamento de um MOOC é um esforço de equipe. Não tente fazer tudo sozinho.
• Dica 4 : Ser detalhado durante todo o curso. Fornecer instruções claras.
• Dica 5 : Ser tão envolvido quanto possível.

DICA 1: Dedique muito tempo ao planejamento
Seja diligente no planejamento do MOOC, seu conteúdo e modelo de instrução. Considere co-ensinar com profissionais da área.
A idéia original para o MOOC "Jornalismo de Dados: O básico" surgiu no início deste verão, quando eu vi um monte de discussões on-line sobre a falta de treinamento e materiais centralizados para os jornalistas que queriam aprender técnicas de jornalismo de dados em todo o mundo. Há uma série de recursos on-line tais como livros digitais, vídeos , tutoriais e sites sobre o tema, mas a maior parte não é centralizado e não tem estrutura ou organização para ajudar um novato navegar nessas águas. Eu percebi que havia uma lacuna lá e pensei que poderia ser o momento certo para oferecer um curso que ajudasse pessoas a ter as ferramentas e informações para ajudá-los a começar nesta área.
Falei com Rosental Calmon Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (que conduzia há 10 anos um programa bem sucedido de ensino a distância para jornalistas e  ensino por MOOCs há um ano), sobre a possibilidade de oferecer um MOOC sobre jornalismo de dados. Ele ficou delirante com a idéia, e eu comecei a montar um plano.
A minha abordagem a este MOOC era diferente dos outros que eu já vi. Eu tenho ensinado jornalismo de dados há anos na San Diego State University, mas eu pensei que ter mais do que apenas um instrutor seria algo único e também uma bela maneira para os alunos aprenderem de vários especialistas em jornalismo de dados.
Então, meu plano foi que eu seria a coordenadora líder e instrutora do curso e traria vários especialistas em jornalismo de dados para ministrar diferentes semanas do curso. Convidei quatro jornalistas, e todos eles aceitaram. Assim, o dream team nasceu: Lise Olsen do Houston Chronicle , Derek Willis do New York Times, Jeremy Bowers da NPR, e Sisi Wei do ProPublica se tornaram os instrutores do curso. Cada um deles iria ensinar uma semana diferente e um aspecto diferente do jornalismo de dados.
Este formato foi excitante para os alunos, porque eles tiveram um novo professor a cada semana, experimentando um estilo de ensino diferente e diferentes tipos de conteúdo, e ter novas interações com cada professor. Este formato definitivamente temperou o ambiente e manteve os alunos envolvidos a cada semana do curso.

DICA 2: Prepare o plano de ensino detalhadamente.
Planejar uma MOOC implica em gastar muito tempo. Passamos cerca de dois meses planejando o currículo para o MOOC . Ao planejar uma MOOC você deve perguntar a si mesmo estas perguntas:

• Qual assunto você quer ensinar?
• Como você deseja ensinar?
• Quais as habilidades você deseja que aprendam?
• Que conhecimento você quer que eles adquiram?
• Quais as ferramentas você quer que eles aprendam?
• Como eles vão aplicar o que aprenderam?
• Você quer que eles reflitam sobre a experiência da aprendizagem e de que forma?

Pensar nos resultados da aprendizagem é uma parte importante do processo de planejamento. Para esse MOOC, eu tive resultados de aprendizagem específicos que foram alinhados para gerar conhecimento nas seguintes áreas que se tornaram o esboço geral do curso:

• Semana 1: Introdução ao Jornalismo de Dados
• Semana 2: Onde encontrar os Dados e as histórias
• Semana 3: Como entrevistar os Dados
• Semana 4: Como trazer os Dados para a Vida - Parte 1
• Semana 5: Como trazer os Dados para a Vida - Parte 2

A cada instrutor foi dada a liberdade acadêmica de como cobrir o tema em sua própria semana. No entanto, cada professor teve de fornecer um número definido de leituras , vídeos ( teóricos e práticos), links a recursos relevantes, um breve questionário (abrangendo os principais conceitos da semana) e questões para discussão dos principais conceitos abordados durante a semana. Sabendo-se que os alunos teriam diferentes níveis de experiência, os instrutores prepararam material para iniciantes e para avançados.
Toda essa informação foi compilada em um plano de ensino. O plano também contemplou o estabelecimento de deadlines, a política de comunicação (como os alunos poderiam interagir entre si e com o instrutor), as expectativas para a conclusão do curso e a logística global da plataforma.
A criação dessa estrutura global do curso, dando liberdade acadêmica a cada um dos instrutores para elaborar seus próprios materiais para a semana, e o fornecimento de um programa detalhado para os alunos criaram uma base sólida quanto à forma como o curso MOOC se desenvolveria.

DICA 3: O lançamento de um MOOC é um esforço de equipe. Não tente fazer tudo sozinho.
Na criação deste MOOC, o planejamento e a construção do curso aconteceu ao longo de um prazo de dois meses e eu tive a sorte de contar com a ajuda de uma boa equipe do Centro Knight.
Se você estiver empenhado em lançar o seu próprio MOOC, recomendo que tente obter pelo menos duas a três pessoas para ajudá-lo. Para esse MOOC, o Centro Knight forneceu a plataforma MOOC, um assistente de ensino (para me ajudar com a construção da estrutura do curso e para ajudar a mim e aos demais instrutores durante o transcorrer do curso), um desenvolvedor web (para ajudar com problemas técnicos com a plataforma) , um cinegrafista (para ajudar com a edição e codificação dos vídeos das aulas) e um administrador para ajudar com a logística global.
Pode não ser possível ter uma equipe grande para ajudar com sua MOOC, mas se você puder convocar estagiários ou assistentes para ajudar, pode ser uma grande oportunidade de eles aprenderem mais sobre a aprendizagem on-line, design instrucional, e aprender mais sobre o tema que você estará ensinando.

DICA 4: Ser detalhado durante todo o curso. Fornecer instruções claras.
Ao lançar um curso MOOC, você terá pessoas do mundo todo se inscrevendo, com diferentes experiências e habilidades no uso da plataforma digital. É importante que o curso seja o mais abrangente possível, se certificando de fornecer instruções detalhadas de como os alunos podem utilizar a plataforma, navegar pelos materiais e a forma como funciona a prendizagem on-line. Muitos dos estudantes que ingressaram neste MOOC afirmaram ter sido essa sua primeira experiência de aprendizagem on-line, e fiz tudo para que eles tivessem as informações de que precisavam para navegar pelo curso. Como fazer isso?
Criar uma seção de perguntas freqüentes no curso. Este FAQ deve cobrir tantas perguntas quantas você pode pensar relacionadas à plataforma do curso, as instruções, materiais, etc. Você pode então, encaminhar os estudantes para esta seção quando têm dúvidas.
Criar um forum para "Perguntas aos instrutores". Durante o curso, você poderá receber várias perguntas semelhantes via e-mail dos alunos. Em vez de responder a mesma pergunta toda vez, você pode postar uma resposta em um fórum geral e todos poderão ver sua resposta. É uma grande economia de tempo e permite que a informação seja compartilhada com todos os alunos do curso.
Dizer aos alunos como navegar entre os materiais do curso. Em uma plataforma de aprendizagem on-line, os alunos podem ou não estar familiarizados com um curso online. É importante que você forneça instruções detalhadas para os alunos dizendo-lhes para clicar neste link, ir para esta seção do curso, como fazer um post no fórum, você estará vendo um vídeo aqui..., etc. Este nível de instrução pode ser entediante, mas ajuda a orientar o aluno ao longo do material do curso, não importa se o aluno é um novato ou não. Você também deve fazer um guia do curso passando pelas funções e características básicas da plataforma - como enviar uma mensagem, fazer um post, fazer um teste, verificar seu grau, etc.

Dica 5: Ser tão envolvido quanto possível.
As histórias recentes na imprensa sobre MOOCs têm apontado que este tipo de cursos são falhos no objetivo de ensinar porque estão apenas tomando uma série de módulos auto-dirigidos, com pouca ou nenhuma interação entre alunos e o instrutor. Este pode ser o caso de algumas MOOCs , mas isso não tem que ser o caso de seu próprio MOOC.
Para o MOOC Jornalismo de Dados, eu especificamente desejei estar tão envolvida quanto possível com o curso. Eu também solicitei a Lise, Derek, Jeremy e Sisi que se envolvessem tanto quanto possível em suas respectivas semanas.
Pode parecer não intuitivo ou impressionante pensar em ser altamente envolvido em uma MOOC, mas isso deve ser feito. Aqui estão algumas maneiras em que você pode trazer interação e engajamento ao curso:
Identificar uma política de comunicação, dizendo aos alunos como eles podem chegar até você - você pode decidir sobre o uso de e-mail e/ou fóruns. Além disso, você deve indicar o quão rápido você vai responder a perguntas (prazo de 24-48 horas). É importante ser claro com os alunos sobre quantas vezes você vai se comunicar e quando.
Envie uma mensagem/saudação de boas-vindas no início de cada semana do curso e uma mensagem de encerramento no final da semana. Quando os alunos embarcam em uma nova semana de materiais é importante o instrutor fornecer um breve resumo do que eles vão enfrentar e a que devem estar preparados. Quando a semana termina, envie uma mensagem de e-mail de conclusão para os alunos fazendo-os saber quais foram os principais pontos da semana e como as aulas foram em geral  durante a semana.
Incorpore vários fóruns de discussão para cada semana do curso. Se você proporcionar aos alunos múltiplos pontos de entrada de como eles podem interagir com os materiais do curso, você vai encontrar mais pessoas participando do que se você tiver apenas um fórum de discussão. Para o MOOC Jornalismo de Dados, tivemos cerca de cinco principais questões para discussão a cada semana, permitindo aos alunos entrar em tantos quantos eles desejassem.
Você deve participar dos fóruns e fazer observações das conversas que acontecem neles. Em um curso on-line, é importante o instrutor estar presente. O instrutor deve tentar rever os fóruns diariamente e participar das discussões. Além disso, o instrutor deve rever todos os posts do fórum durante a semana e fornecer observações dos principais pontos trazidos  resolvendo-os em um post geral para a semana - faça um post de observação na segunda-feira, outro na quarta-feira, e um final na sexta-feira ou sábado.
Considere fazer algumas atividades de comunicação síncrona como a realização de um bate-papo virtual ou um Hangout do Google com os alunos em um determinado momento durante a semana.
Utilize canais de mídia social. No MOOC , tivemos uma hashtag Twitter - #datajmooc e um grupo privado no Facebook que também foi usado para se comunicar com os alunos. Eles não eram obrigados a utilizar estas plataformas, mas muitos dos alunos o fizeram - para enviar recursos/artigos, interagir entre si, e conversar com os instrutores. Os canais de mídia social permaneceram abertos após o final do curso e servem como comunidades de aprendizagem em andamento, para os alunos.

OS DESAFIOS

Ao ensinar por MOOC pela primeira vez, ou pela 15ª vez, haverá desafios. Lise , Derek e Jeremy têm algumas sugestões para lidar com desafios relacionados com MOOCs :
O ponto de Derek: O aspecto mais desafiador é tentar ter uma noção mais ampla de como os alunos estão indo. Com tantos participantes, pode ser difícil saber com certeza se os conceitos que você está ensinando estão realmente sendo absorvidos.
O ponto de Jeremy : O aspecto mais desafiador para mim foi escala. Especialmente em um assunto técnico como aplicativos de notícias, eu tinha uma suposição já incorporada de que eu poderia individualmente pastorear algumas pessoas retardatárias, perdidas (shepherd along stragglers). Mas, com 3.500 alunos, isso não é realmente possível - você pode ter 200 retardatários! Meu sentimento imediato após a MOOC foi que eu deveria ter sido mais cuidadoso ao segmentar as partes como "fácil ", "médio" e "dificil" em minhas aulas/ perguntas e , em seguida, ter oferecido mais instruções em torno dos conceitos “intermediários " e " difíceis".
O ponto de Lise : Não sendo capaz de ver ou ouvir os alunos e sabendo que você pode ter contato pessoal com apenas um determinado grupo pequeno (via mensagens ou e-mail ) . Não conhecendo com antecedência o nível de habilidade ou experiências anteriores dos alunos. (Exames pré-Mooc poderiam ajudar com isso.)
Alguns conselhos e informações chaves
Aqui estão alguns dos últimos pontos de conselhos para quem deseja iniciar seu próprio MOOC:
Meu conselho: Leva muito tempo. Qualquer curso on-line, se é um MOOC ou não, tem um monte de tempo para planejar e manter uma vez iniciado. Esteja preparado para gastar duas vezes ou quatro, como parte do seu tempo no curso. Estar disponível para os alunos. Como a mídia on-line cria uma distância imaginária entre as pessoas, os alunos anseiam interação com o instrutor para saber que eles estão lá. Tente ser o mais presente possível no curso. Não faça pré-suposições em demasia. Não tente colocar tudo no MOOC sobre determinado assunto. Comecei na fase de planejamento, incluindo uma grande quantidade de informações e acabei reduzindo pela metade, para garantir que seria uma quantidade razoável de material didático para os alunos.
Conselho de Derek: Para um único instrutor, gostaria de sugerir que, se possível, tente não fazer o script de todo o curso antes do tempo. Certamente ajuda ter uma sólida visão geral e os materiais prontos, mas parece-me que preservar a habilidade de responder ao ritmo da classe e aos interesses dos alunos seria melhor para a experiência global.
Conselho de Jeremy: Foco, foco, foco. Tanto o MOOC em geral e os capítulos individuais irão se beneficiar de um foco centrado em um tema. Este MOOC foi um grande exemplo deste foco, e um jornalista ou educador fariam bem em seguir este exemplo.
Conselho de Lise : Faça pesquisas previamente ao Mooc para descobrir um pouco mais sobre as habilidades e interesses dos alunos que participam do curso. Tente desenvolver e incorporar exemplos dos países onde os alunos vivem. Se você está ensinando habilidades do tipo hands-on como DataViz ou Excel, saber antecipadamente quantos detêm habilidades básicas ajuda, mas você ainda tem que se preparar para vários níveis. Permita que novos instrutores conversem com professores experientes ou leia antes as avaliações de outros MOOCs. (Amy foi ótima para nós.) Tenho certeza de que todos começaram sem saber que ferramentas usar - vídeo , ppt são MAIS efetivos ou que combinação de materiais NÃO é suficiente ou é DEMASIADA a ponto de oprimir. De pronto, eu tenho uma boa idéia pelo feedback de quais perguntas postadas no fórum foram mais / menos eficazes ou provocativas e eficazes para o ensino da MOOC , mas não estou certa quão eficazes as ppts que eu fiz foram.
Em conclusão, não existe uma fórmula secreta para ensinar em uma MOOC. Essas dicas e sugestões acima fornecem um início  nessa direção. A MOOC não é apenas sobre a plataforma digital, as tecnologias digitais utilizadas, o grande número de alunos matriculados ou o assunto ensinado.
Tudo depende dos instrutores, como eles ensinam o assunto, e a forma como eles interagem com os alunos no processo de aprendizagem que irão determinar se o MOOC ou qualquer outro.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013


Aqui começo a deixar idéias, conhecimentos, observações  e muitas dúvidas sobre o assunto Educação a distância / Ensino a distância / E-learning. Espero receber comentários dos que concordam, e principalmente dos que discordam, pois sou atrevido e exponho idéias próprias e seguramente algumas imperfeitas.
 
Mesmo que os saudosistas lembrem que Ensino a distância não é novidade moderna, que vem de décadas atrás, quando, de dispositivos eletrônicos, só tínhamos rádios, devo salientar que  aquele ensino a distância do Instituto Monitor e Instituto Universal pelos correios, não era eletrônico como esse que vivemos hoje. Não nego o mérito das iniciativas dos precursores principalmente as iniciativas radiofônicas. O que quero dizer, é que mesmo se aquelas iniciativas não existissem, hoje teríamos da mesma forma a revolução sendo feita, pois essa é devida à necessidade da economia moderna por pessoas bem treinadas aliada à disponibilidade de meios de comunicação viáveis economicamente, abrangentes, pulverizados.
 
EAD, para mim é o ensino/aprendizado intermediado por dispositivos "eletrônicos", com capacidade de apresentação de efeitos visuais ou sonoros de forma autônoma, estando ou não online com uma fonte remota  provedora de conteúdo.
Pode ser que mais prá frente consigam programar dispositivos não eletrônicos (biológicos) para disseminar informações, então nesse momento meus netos retirarão o eletrônico da definição.
 
Há uns dias eu discordava da nomenclatura EAD, mas visitando vários sites mundiais me deparei com o mesmo termo em todos eles. Até nos EUA o governo e principais IES usam Distance Education. Na França há pequena variação: L’enseignement à distance. Mas também usam Formation ouverte et à distance. Na Itália usam Formazione a distanza. No Reino Unido e Nova Zelandia é como nos EUA. Na Espanha, Educación a distancia, em Portugal Educação a distância na Alemanha: Fernunterricht  !!!! (não sabiam?).
 
Viram que “Distância” é comum a todos? Pois eu acho que isso é equivocado. Distância é apenas um fator circunstancial. É só visitar as escolas particulares mais modernas e veremos os alunos com seus tablets recebendo aulas e fazendo exercícios dentro da sala de aula e a professora ou professor bem pertinho, só observando (e  torcendo para ninguém vir com perguntas sobre a tecnologia e o software) !
Importante é o dispositivo eletrônico e portátil e obviamente seu software e o download que colocou o conteúdo ali dentro!

Meu nome é Carlos Henrique, sou analista de sistemas, desenvolvedor de aplicativos, não sou professor, nem tutor, mas sou filho de um Educador com E maiúsculo. Eu já fiz uma graduação superior por EAD de 2 anos. Já sei dos métodos, das vantagens e das dificuldades. Atualmente faço a pós graduação Metodologias de EAD na Anhanguera.
Nas próximas conversas gostaria de discutir aquilo que a EAD vai ter que enfrentar logo: as avaliações do aprendizado!